O papel das emoções nos transtornos de ansiedade e depressão
Qual o papel das emoções na nossa vida? Para tentar responder esta questão, primeiro vamos definir o que é emoção.
Uma emoção é uma reação, muitas vezes complexa, a algum estímulo externo (o ambiente) ou interno (nosso psiquismo). Às vezes é difícil saber qual a origem do estímulo, mas para ficar um pouco didático, podemos dizer que uma pessoal com fobia social pode reagir inicialmente a um estímulo externo (ex: as pessoas), enquanto uma pessoa com síndrome do pânico pode inicialmente reagir um pensamento (ex: meu coração está acelerado, vou ter um ataque de pânico).
Estas ações se traduzem em reações fisiológicas, comportamentais, cognitivas e também em expressões faciais. Todo mundo entende quando alguém faz cara de nojo ou de surpresa. Quem assistiu a série “lie to me” sabe o que estou dizendo.
As emoções tem a função de nos preparar para termos uma reação em determinada situação do ambiente. É como se a emoção dissesse para corpo como ele deve reagir em determinadas circunstâncias. Isso tem relação com o mecanismo de luta ou fuga (sistema nervoso simpático e parassimpático). Por exemplo: quando comemos algo estragado, se encontrarmos com esse alimento novamente podemos ter nojo ou até mesmo medo. Cada emoção tem sua função bem determinada.
Existem três tipologias de emoções: as emoções primárias, as emoções secundárias e as emoções de fundo. Falaremos aqui das 2 primeiras.
As emoções primárias são aquelas que nascem com a gente, são inatas e por isso independem do
sexo (gênero), cultura, religião ou estilo de vida. São também chamadas de emoções universais.
A ciência reconhece seis tipos de emoções primárias que são as seguintes: medo, tristeza, raiva, nojo,
surpresa e alegria. Algumas abordagens sugerem que na verdade são 4 as emoções primárias ao invés
de 06.
As emoções secundárias ou sociais, são derivadas das emoções primárias. São aquelas que foram aprendidas, que nos foram ensinadas e por esta razão seguem o padrão cultural do nosso ambiente. Aqui entra aquilo que é socialmente aceito ou as regras de comportamento. Dentre as emoções secundárias podemos destacar a vergonha, a culpa, o orgulho, por exemplo.
De acordo com algumas teorias, o problema é quando sentimos uma emoção primária perfeitamente normal e essas emoções não raramente acabem sendo invalidadas pelo ambiente em que vivemos. Nestas situações as pessoas acabam criando determinados pensamentos distorcidos a respeito das emoções primárias, tais como: sou fraco por me sentir triste ou sou uma pessoa muita má ou muito ruim por sentir raiva.
Criamos crenças negativas sobre as emoções primárias e consequentemente aprendendemos a criar as emoções secundárias, passando a ter vergonha por sentir medo ou culpa por sentir raiva.
Espero que o artigo tenha ajudado a entender o papel das emoções em nossa vida. Se quiser saber sobre meus atendimentos online entre em contato pelo email psi.catalano@gmail.com que te explico como podemos agendar. Não tenha medo ou vergonha de pedir ajuda.
Aproveito e deixo aqui o link do vídeo que fiz com este tema: https://www.youtube.com/watch?v=qVIjRwQNmTQ
Espero que o artigo tenha sido útil. Se tiver interesse em saber sobre meus atendimentos online entre em contato pelo email psi.catalano@gmail.com que te explico como podemos agendar.